sábado, 7 de junho de 2008

Qualquer coisa...



Qualquer coisa que faça jeito,
Que me dê proveito,
Simples letras num papel escrito,
Olhares trocados, num instante quase perdido.

Quando a noite chegou, fria e escura,
E qualquer coisa me embrulhou, cheia de ternura,
Olhei para trás, queria ver quem era,
Mas em vez de algo, não vi nada, apenas a noite escura.

O sol clareou, no seu imenso brilho,
Abri a janela, estava tudo tão bonito.
Quando as folhas foram arrastadas pelo vento,
Eu fiquei a olhar para elas, esquecida no pensamento.

Uma voz sussurrava na paisagem,
Mais uma vez não via ninguém, era miragem.
Mas depois de encontrar um cobertor fora de casa,
Percebi que havia algo, não era uma voz, era uma valsa.

Depois de dançar ao som da melodia,
E de me agitar da forma que a sentia,
Percebi que o que me tinha aconchegado,
Era a lua, que tinha chegado...



1 comentário:

Anónimo disse...

Tá mesmo lindo, tu já sabes que sou fã dos teus poemas e cada vez que fizeres um diz-me...

Acho que tens talento que não deve ser desperdiçado!!!


xau bjx