terça-feira, 30 de dezembro de 2008

E quando o sol nascer...

Não há mágoa escondida,
Nem labirintos de solidão,
Não há desenhos de crianças
Espalhados pelo chão.

A árvore já não tem frutos,
O tempo muda com as estações,
E tal como diz o ditado:
Quem vê caras não vê corações.

Volto ao meu lugar,
Sem saber o que fazer,
Se esperar a noite chegar,
Ou ver o sol nascer.

De uma coisa tenho a certeza,
A vida continua, nada pode parar,
Num dia rio-me sem destino,
No outro desato a chorar.

E tudo volta sem mágoa,
Sem labirintos de solidão,
E já há desenhos de crianças,
Espalhados pelo chão.

Volto ao meu lugar,
Sem saber o que fazer,
Se esperar a noite chegar,
Ou ver o sol nascer.

Votos de maiores felicidades para todos. Boas entradas!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

sábado, 4 de outubro de 2008

Conclusão do Desafio Incompleto

Pois é, Setembro já lá vai e com ele a conclusão do primeiro desafio incompleto. Logo, temos um vencedor. E o vencedor é... Tiago do blog Reflexões Exteriores!!
Já sabem que quem ganha tem a oportunidade de escrever o excerto para o mês de Outubro. Parabéns ao Tiago e espero que mais pessoas possam participar neste desafio!

Havia sempre qualquer coisa de errado. Ou era o quadro que estava torto, ou a televisão que não estava no local ideal, ou mesmo a mesa que ainda não tinha a decoração ideal. A vida de Sandra era passada a ouvir as queixas desgostosas de mulheres que não tinham mais nada para fazer se não queixarem-se. Sandra era decoradora. Uma mulher que vivia para o trabalho e tentava fazer de tudo para ser o mais competente possível. Não sabia para quê. Por mais esforço que fizesse, havia sempre qualquer coisa de errado. O Domingo era sagrado. Sandra utilizava-o para se recolher na sua casa de repouso, bem longe da confusão de todos os dias. Junto ao campo, apenas o canto dos pássaros, a brisa do vento e o silêncio tão reconfortante que ela tanto apreciava... Mas naquele Domingo, Sandra não foi lá. Estava entre a vida e a morte, numa cama de hospital. Um acidente de viação, uma rápida e acidental ultrapassagem, tinham levado Sandra a ser "cuspida" do carro com uma enorme violência. E agora estava no hospital, entre a vida e a morte, à espera que uma delas se decidisse...

O momento em que voara? Pura adrenalina. Esqueci-me de tudo, perdi durante cerca de um segundo ou dois toda a noção de perfeição: não havia mais nada para melhorar. Normalmente tenho por norma, quando vou a guiar, observar os elementos paisagísticos, nos quais se incluem as estradas e os sinais de trânsito. Sempre achei que o branco fica bem no preto, e que a ergonomia deve fazer parte de todas as formas. Porque é que existem, então, estradas com os tracejados amarelos? E porque é que os sinais são tão… desprovidos de emoção? Mesmo os objectos mortos têm a direito a parecer vivos!Mas naquele momento, no momento em que voei, esqueci-me das cores das estradas e da forma dos sinais: tudo era perfeito. Visto de cima, tudo era perfeito. Quando voei, renasci. Pelo menos, o meu sentido estético renasceu.Esperava conseguir sobreviver. Do fundo do meu coração. Apesar de abrir os olhos e ver toda aquela decoração do hospital a não condizer bem com a cor dos cobertores. Ela tinha de mudar isso. Ao voar, vira tudo visto de cima, e parecera-lhe tudo tão perfeito. Porque não criar uma nova linha de mobiliários em que tudo fosse reduzido, em que as pessoas se sentissem voar?Esperava sobreviver porque, quem sabe, poderia voar todos os dias, sem sequer sair de dentro da sua cama. E fazer todas as outras pessoas voar sem sequer tirarem os pés do chão. Nem sentirem o cheiro do asfalto na lenta respiração quando atingissem o solo.

O vencedor enviará o excerto para o meu gmail onde será publicado assim que enviado.

Bjs a todos!! =)

sábado, 20 de setembro de 2008

Ode ao Ódio do Amor

Começou no arco-íris,
Onde o homem viu Ísis.
No meio de um deserto,
No mato, enfeitiçado.

Ficou cego de amor,
A explodir de tentação.
De tanto a querer, de a desejar,
Acabou por "morrer" e por conseguinte,
De a matar.

Não foram lágrimas,
Nem trágicas histórias de amor.
Foi ódio, de orgulho ferido e magoado,
Enxotado de paixão.
Que não aconteceu, nem padeceu,
Assim terminou.

Não contei a história,
Não réstias de explicações,
Ou palavras trazidas por ilusões.
Que levaram o homem a matar Ísis,
Que começou no arco-íris,
No meio do deserto,
Do mato, enfeitiçado.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Mensagem

Bem, este post é apenas para informar que, com o fim das férias, vem a minha indisponibilidade. Vou ficar alguns dias, talvez semanas a não postar nada devido à escola, que em muito, decerto, vai ocupar-me. Mas não se preocupem, a ausência não é permanente por isso hei-de sempre arranjar maneira de dar aqui um pulinho sempre que o tempo me conceder um minuto.

Para quem está a começar um ano lectivo, e para quem vai começar a trabalhar, desejo sucesso.

Quanto ao desafio, vai ser prolongado até ao fim do mês.

Também irei começar um novo blog com o dia-a-dia escolar. É verdade, sou nova numa escola, não conheço ninguém, nem os cantos "à casa". Será que me vou safar? Será que não? Acompanhem o quotidiano desta "New Soul".

Bjs =)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O Desafio Incompleto

Depois de duas semanas afastada do meu blog, tive uma ideia para o tornar, e até para colocar a imaginação dos que quiserem, a funcionar. Trata-se de um excerto de uma história, escrita por mim, sem fim. Ou seja, são vocês, as pessoas que lêem este blog, que vão terminá-la. O desafio será feito todas as quartas-feiras. O vencedor desta semana, terá como benefício, escolher o início da história. Quando a terminarem, enviam o vosso "fim" para : paticruz.15@gmail.com . Espero que gostem da ideia e que participem!!

Aqui vai o excerto:

"Havia sempre qualquer coisa de errado. Ou era o quadro que estava torto, ou a televisão que não estava no local ideal, ou mesmo a mesa que ainda não tinha a decoração ideal. A vida de Sandra era passada a ouvir as queixas desgostosas de mulheres que não tinham mais nada para fazer se não queixarem-se. Sandra era decoradora. Uma mulher que vivia para o trabalho e tentava fazer de tudo para ser o mais competente possível. Não sabia para quê. Por mais esforço que fizesse, havia sempre qualquer coisa de errado.
O Domingo era sagrado. Sandra utilizava-o para se recolher na sua casa de repouso, bem longe da confusão de todos os dias. Junto ao campo, apenas o canto dos pássaros, a brisa do vento e o silêncio tão reconfortante que ela tanto apreciava... Mas naquele Domingo, Sandra não foi lá. Estava entre a vida e a morte, numa cama de hospital. Um acidente de viação, uma rápida e acidental ultrapassagem, tinham levado Sandra a ser "cuspida" do carro com uma enorme violência. E agora estava no hospital, entre a vida e a morte, à espera que uma delas se decidisse..."

Aqui está o excerto. Penso que vão surgir ideias excepcionais!! Bons trabalhos e bjs =)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Uma sugestão cinematográfica


Um bom filme. Vi "A casa da lagoa" e adorei. Para quem gosta de uma boa história de amor, não pode deixar de ver este filme. Aqui vai a sinopse do filme para abrir o apetite:


" A Dra. Kate Forster encontra finalmente o amor. Mas há um problema: é uma relação à distância. Ela vive na baixa de Chicago. Ele vive num subúrbio, perto de uma lagoa. E ainda há mais: ela vive em 2006... e ele em 2004.


Tudo começa quando Kate se muda da sua incrível casa na lagoa e deixa um recado para o próximo inquilino, o arquitecto Alex Wyler. Começam a trocar correspondência, e depressa se apercebem que foram feitos um para o outro... e que, de algum modo, vivem a dois anos de distância. Será que alguma vez se poderão encontrar? O que aconteceria se tentassem? Com uma riqueza mágica e emocional incríveis, A Casa da Lagoa é uma história de amor para 2004, para 2006, para qualquer era".

Sandra Bullock e Keanu Reeves são os protagonistas desta maravilhosa história de amor. Quem já viu ou deseje ver, não se esqueça de passar por aqui.
Bjs =)










quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A minha música favorita de Rui Veloso



"Nunca me esqueci de ti"
Bato a porta devagar,
Olho só mais uma vez
Como é tão bonita esta avenida...
É o cais. Flor do cais:
Águas mansas e a nudez
Frágil como as asas de uma vida
É o riso, é a lágrima
A expressão incontrolada
Não podia ser de outra maneira
É a sorte, é a sina
Uma mão cheia de nada
E o mundo à cabeceira
Mas nunca
Me esqueci de ti
Tudo muda, tudo parte
Tudo tem o seu avesso.
Frágil a memória da paixão...
É a lua. Fim da tarde
É a brisa onde adormeço
Quente como a tua mão
Mas nunca
Me esqueci de ti


Um dos melhores músicos e compositores portugueses!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Homenagem a Fernando Pessoa


Hoje trago algo que não é meu. É de todos. Uma poesia deliciosa de Fernando Pessoa. Ando a ler muita poesia e achei esta fantástica. Fernando Pessoa e os seus heterónimos continua e será sempre um dos grandes poetas portugueses.
"Meu coração tardou"
Meu coração tardou. Meu coração
Talvez se houvesse amor nunca tardasse;
Mas, visto que, se o houve, houve em vão,
Tanto faz que o amor houvesse ou não.
Tardou. Antes, de inútil, acabasse.
Meu coração postiço e contrafeito
Finge-se meu. Se o amor o houvesse tido,
Talvez, num rasgo natural de eleito,
Seu próprio ser do nada houvesse feito,
E a sua própria essência conseguido.
Mas não. Nunca nem eu nem coração
Fomos mais que um vestígio de passagem
Entre um anseio vão e um sonho vão.
Parceiros em prestidigitação,
Caímos ambos pelo alçapão.
Foi esta a nossa vida e a nossa viagem.
Apreciem =)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Palavra sossegada



Uma palavra sossegada. As vozes cresceram e cresceram, até se transformarem em esperança. E agora que estamos perto do fim, as memórias ficaram fortes, tão fortes que seguiram as estrelas e desapareceram no céu. Uma melodia suave acompanhou-as, mas ninguém as vai esquecer. Diante dos olhos, dentro do peito, perto da garganta... uma palavra sossegada. Até breve.

domingo, 17 de agosto de 2008

Fado que já não toca

Ao Fado que já não toca,
À guitarra que perdeu as cordas,
Ao manto negro que ficou no chão,
Às memórias presas à solidão.


Cada mágoa que compõe a canção,
Em cada nota de pura nostalgia,
Enche os palcos de saudade,
De música, que é magia.


Não tentei ser poeta,
Não tentei cantar "o fado",
Apenas encho as minhas palavras,
Com um sopro delicado.


Ao Fado que já não toca,
Dou apenas um conselho:
A música é alma da vida,
E rege o Mundo inteiro.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Contos de Adileia - Rasgar de sentimentos





Sigo no trilho apagado,
Ninguém se atreve a sair.
O choro de uma criança abndonada,
Na rua se faz ouvir.


As mães não têm dinheiro,
E a tristeza invade o peito,
De alguém que a largar o filho,
É obrigado, é sujeito.


A minha alma chora de pena,
O coração enche-se de lágrimas,
Ao relembrar a vida passada,
Que agora já não resta nada.


Perdemos a força e a coragem,
Alguém a levou nesses momentos,
O que ficou foi desastroso,
Um rasgar de sentimentos...


quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Contos de Adileia - O Voo




Porque voa a minha mente,
Neste espaço, nesta terra,
Porque fico acorrentada,
Nesta vida de miséria?


O meu nome... Adileia,
Nome de rainha sem trono,
De condado atormentado,
De olhar sem retorno.


O meu rosto inclaro,
O meu corpo desgastado,
De lutar contra tudo,
De perder contra nada.

Inicia-se o voo,
Planando contra as docas,
Ao vê-las partir...
Tão belas, tão livres, as gaivotas...


Voo...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Vamos falar de Amor...

Não sei se existes. Se calhar todo este tempo estive hipnotizada, ignorando os alertas que cirandavam à minha volta. Pensar em ti vinte e quatro horas era cansativo! Não sei o que ia na tua cabeça, nunca soube e acredito que nunca saberei. Escrever sobre ti era uma inspiração mas também uma tortura. Porque nunca soube descrever bem os meus sentimentos... Aquela vontade de fugir e de me escapar para todo o lado menos encarar-te, a tristeza de saber que a cobardia também era um dos teus defeitos, o choro silencioso nas noites em que a tua presença se afastava da minha mente. E do meu coração. Porque no fundo, qualquer coisa dentro de mim acreditava que lutarpor ti era uma missão possível. Juntos, pelo menos em sonhos, sentimos a mesma coisa, o nosso coração bateu como um só.
Ninguém nos afastou, apenas nós. Nós somos culpados da distância. E mesmo depois da tua última imagem no meu pensamento, eu continuo a ver-te. Não no presente, no passado. Numa recordação boa de um passado memorável. Desejei muito, continuo a desejar, mas não o suficiente para os realizar. Porque tu és assim. Eu deixo-te partir porque te amo, não porque não tenho qualquer tipo de sentimento por ti.

Por isso, existindo ou não... Esta noite vamos falar de amor.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

E já vão quinze

Hoje faço quinze anos. Quinze anos! Quinze anos de existência. E como a data requer algumas reflexões da minha parte, resolvi elaborar uma lista com coisas que quero fazer. Aqui vai:

1º- Quero ir ao Egipto, à Grécia e principalmente à Irlanda.
2º- Quero escrever um livro/acabar um projecto.
3º- Conhecer Juliet Marillier pessoalmente.
4º- Ser ainda mais feliz!!

Happy Birthday to me... =)

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Balada das Três - Será






E leio mais uma página,
Das tantas que já li,
Chama-se "Derramar de Lágrimas"
E foi escrito por mim.


Era fácil perdoar-te,
Mas difícil compreender,
Porque raio te afastas?
Porque tenho de sofrer?


Quero fechar o livro,
Dar-lhe um novo título.
E olhar para a frente,
Com amor, novamente...


Será...

domingo, 10 de agosto de 2008

Balada das Quatro- Entre Nós



Guardo no meu peito,
A ligação entre nós.
Um silêncio que atraiçoa,
Às vezes um sentimento que magoa.


Suave é a tua voz,
Que embala o meu sono profundo.
Numa dança que me envolve,
Num olhar que se comove.


Entre nós há uma ponte,
Que me leva a ti,
E que te leva a mim,
Num ciclo sem fim.


No céu escrevi o teu nome,
Enfeitei-o com mil estrelas.
E peguei na lua imensa,
Para um beijo, apenas...

Entre Nós...

sábado, 9 de agosto de 2008

Balada das cinco - Amor Solitário



Rapaz de cabelo preto,
De olhar sereno e delicado,
Quem me dera estar contigo,
Ser a rapariga da porta ao lado.


Assim que te vi na noite escura,
O coração bateu mais depressa,
Cada batida era tão repentina,
Tão inconstante, tão adversa.


Na janela do meu quarto,
Vou esperando a tua vinda,
Imaginando como seria,
Fazeres parte da minha vida.

Será apenas o teu aspecto,
Que me envolve nessa teia?
Ou foi o teu encanto,
Que está em tudo o que me rodeia?


E eu estou à espera,
À espera que um dia repares,
Que eu estou aqui,
E que sempre estarei...


Amor solitário...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Memórias de Alguém


Lembro-me tão bem das ruas,
Do povo animado,
Lembro-me das festas antigas,
E de te ter a meu lado.

E do cheiro a rosas,
Que exalava do jardim,
Das promessas ansiosas,
Que nunca cumpri.

O teu rosto inocente,
Que bailava com o vento,
As tuas palavras sinceras,
Que ainda percorrem o pensamento.

São as memórias de alguém,
De alguém como eu,
Que nem o tempo apaga,
O que o coração não esqueceu.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

B.I

Resolvi aceitar o desafio do B.I que vi no blog da "Anjo de Cor". Vão conhecer um pouco de mim.

Um mês seria: Agosto.
Um dia da semana: Quarta
Um número: 7
Um planeta: Urano
Uma morada: Madrid... Adoro Espanha
Um móvel: a minha estante de livros
Um líquido: Ice Tea
Um pecado: Ira
Uma pedra: Pode ser tijolo? XD
Um metal: Prata
Uma árvore: Pinheiro
Uma fruta: Maçã
Uma flor: Rosa
Um clima: Tropical...
Um instrumento musical: Piano/ Guitarra
Um elemento: ar
Uma cor: laranja
Um animal: Canguru...
Um som: gotas de água
Uma canção: "My Immortal" - Evanescence
Um perfume: Desde que cheire bem...
Um sentimento: Felicidade
Um livro: "O Filho das Sombras" de Juliet Marillier.
Uma comida: Esparguete à Bolonhesa
Um lugar: O meu quarto.
Um gosto: Literatura
Um cheiro: Café
Uma palavra: "Pois"
Uma expressao: "Falamos depois"
Um verbo: Amar
Um objecto: Caneta/ caderno
Uma peça de roupa: Blusa
Uma parte do corpo: os olhos
Um filme: "O Dia Depois de Amanhã"
Uma frase: "Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje"

Quem quiser, pode aceitar o desafio. =)

sábado, 2 de agosto de 2008

Adeus



Um dia prometi um Adeus. E aqui está ele.


Quantas alegrias ficaram para trás?
Quantos sorrisos ultrapassaram o tempo?
Quantas dúvidas ficaram engasgadas?
Quantas vezes me perdi nestes pensamentos?


É difícil olhar o presente sem pensar no passado,
Se a amizade fosse uma gota de chuva,
Pediria aos céus para nunca enviarem o sol.
Ele acabaria com os meus sonhos de um dia olhar o futuro.


E vejo as horas a passarem,
A levarem os últimos segundos,
Porque a união faz a força,
E nós estivemos sempre juntos.


A escrita é a única maneira de me expressar,
Os sentimentos ficam presos na garganta,
E por mais que queira falar, de dizer o que me vai na alma,
Não consigo, não posso, não tenho calma.


Fiquem a saber que vão estar sempre no meu coração,
Passe o tempo que passar,
O adeus não é para sempre,
E mesmo permanente,
Amigos vamos continuar.


Este poema é dedicado à Anais, ao Tiago, à Alice, à Cláudia, à Joana, à Lídia. Muito obrigado a todos por serem quem são.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Lágrimas da Lua - Poema/ Canção oitava



Lágrimas da Lua,
Vão caindo lentamente,
Como gotas da chuva,
No meu rosto inocente.

O sol já foi embora,
E deixou a noite escura,
No seu manto delicado,
De menino com bravura.


Os sonhos de criança,
Fazem parte do meu ser,
E nunca os abandono,
É assim que vou crescer.


E nunca é tarde,
E nunca é cedo,
Vive a vida,
A cada momento.



Não percas a esperança,
É a última a morrer,
Porque nos sonhos de criança,
Tudo pode acontecer.


O vento assobiou,
Deu uma volta e sorriu,
Quem não percebeu,
Com certeza não ouviu.



E a chuva foi caindo,
Na janela escorreu,
As gotas de um dia,
Em que o sol esmoreceu.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Permissão para chorar - Canção sétima

Está na minha hora,
De aproveitar as consequências,
E acreditar que a culpa é tua,
Acabou a simpatia, já foi o tempo da ternura.

Será um castigo,
Ou os pecados que me assombram?
Por favor, deixa-me desabafar,
É a minha sina, onde tudo termina.

É a minha vez de ser julgada,
Condenada por um crime que não cometi,
E culpo-te por tudo o que me aconteceu
Agora tenho motivo para pedir...
Permissão para chorar

Cansada de aguentar,
As tuas discussões,
Será que ninguém se importa
Com as minhas questões?

Quando olho para ti,
Não vejo quem conheci,
Por favor, deixa-me desabafar,
É a minha permissão para chorar.

É a minha vez de ser julgada,
Condenada por um crime que não cometi,
E culpo-te por tudo o que me aconteceu
Agora tenho motivo para pedir...
Permissão para chorar

Esta música é-te dedicada. Agora sabes os estragos que fizeste.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Para Todos - Canção Sexta



A vida não perde o valor,
Quando não tem sabor,
Quando ninguém a quer provar.
O certo não fica errado,
O amor não é apagado,
A história não acaba aqui.
Pega no teu sonho,
Dá voz à tua voz,
Não te sintas só,
Pois eu estou aqui.

Eu sei que um dia o mundo vai mudar,
Com a força que temos para dar,
Eu sei que um dia o sol irá brilhar,
Para todos... e assim será.

O dia não fica cinzento,
Quando tens alento,
Para sentir o coração.
Apanhas um sentimento,
Com um pensamento,
Na palma da tua mão.

Pega no teu sonho,
Dá voz à tua voz,
Não te sintas só,
Pois eu estou aqui.
Eu sei que um dia o mundo vai mudar,
Com a força que temos para dar,
Eu sei que um dia o sol irá brilhar,
Para todos... e assim será.

sábado, 12 de julho de 2008

Dá-me um norte - Canção Quinta


Foi a mim que quiseste mudar,
E foi a ti que quis amar.
E fomos nós que destruímos,
Aquilo que construímos,
O que achava ser para sempre.

Diz-me se queres voltar,
Se as memórias te fazem ansiar,
Pelo carinho que já não tens?

E eu penso,
Se o fim pode ser novamente o início,
Se o destino não é um precipício,
E as decisões a pena de morte...

Dá-me uma razão para ser o que não somos,
Um motivo para o passo seguinte,
Dá-me um norte, uma segunda vida,
Deixa-me acordar e ver a luz do dia...

E enquanto estás cego,
Nessa cortina de enganos,
Eu vou ficando para trás,
A ver o que me deixam ver,
Sendo forte para não sofrer.

E eu penso,
Se o fim pode ser novamente o início,
Se o destino não é um precipício,
E as decisões a pena de morte...

Dá-me uma razão para ser o que não somos,
Um motivo para o passo seguinte,
Dá-me um norte, uma segunda vida,
Deixa-me acordar e ver a luz do dia...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Caminho - Canção Quarta


Às vezes verdadeira,
Mas presa num caminho,
Na sombra de uma sombra,
Alterando o destino.
De todas as perguntas,
Que fiz sem entender,
Ao menos ouve o que penso,
Para tentares perceber...
Segue, segue,
Segue os teus sonhos,
E volta, volta,
A ter os teus gostos,
Sobe, sobe,
Quero te ver feliz...
Foi tudo o que sempre quis.
Se o teu...coração,
Ouvir o chamamento,
Vai pulsar... o perdão,
Eu não te forço... dou-te um tempo.
Segue, segue,
Segue os teus sonhos,
E volta, volta,
A ter os teus gostos,
Sobe, sobe,
Quero te ver feliz...
Foi tudo o que sempre quis.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Esquece que fiz parte de ti- Canção Terceira


Desespero,
Um flagelo,
É demais.
Eu não posso,
Não há volta,
E mesmo que digas que vou ser feliz,
Não é o que eu sinto, não é o que vejo em mim...
Por isso esquece,
Esquece que eu fiz parte de ti
Num belo dia, numa medodia,
Tu sentes o que eu escrevi...
Esquece que eu fiz parte de ti.
O abraço,
Foi um traço,
Que marcou.
Eu não posso,
Não há volta,
E mesmo que digas que vou ser feliz,
Não é o que eu sinto, não é o que vejo em mim...
É tempo de começar,
De dar asas ao querer,
Desta vez não vou tentar..
Acabou, vou esquecer...
Por isso esquece,
Esquece que eu fiz parte de ti
Num belo dia, numa medodia,
Tu sentes o que eu escrevi...
Esquece que eu fiz parte de ti.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Quero Ir- Canção Segunda



Passo por essa porta,
Quero fugir daqui,
Dar asas ao meu sonho,
Ter coragem de fugir.

E no meio de tudo o que vejo,
És tu o meu simples desejo,
Agarra a minha mão vamos cantar esta canção...

Ouve o teu coração...

Sim, eu quero fugir,
Sim, eu quero ir,
Percorro esta estrada,
Não abandonada,
Pois tenho-te a ti...

Estou livre para o Mundo,
Quero caminhar,
Ver o futuro num segundo
E não fraquejar...

Tenho de lutar...

Sim, eu quero fugir,
Sim, eu quero ir,
Percorro essa estrada
não abandonada,
Pois tenho-te a ti...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Espera- Canção Primeira




Pergunto o que virá,
Se foi tudo mais um sonho,
Se a chama se apagou,
Se o amor se extinguiu
E não mais voltou...

Eu peço que tentes,
Este mundo conquistar,
Mas primeiro que tudo,
Tens uma luta pra travar...

Será que vais ganhar?

Só quero que voltes,
Só quero que tentes,
Que o mundo gire,
Que eu volte a sentir,
O que já não sei.

Passado um tempo... sem ti,
Sem aquele olhar... que escolhi,
Para ser o que eu queria,
O amor de uma vida
O meu ser em cada dia.

Só quero que voltes,
Só quero que tentes,
Que o mundo gire,
Que eu volte a sentir,
O que já não sei.

o que já não sei... o que já não sei...

sábado, 7 de junho de 2008

Qualquer coisa...



Qualquer coisa que faça jeito,
Que me dê proveito,
Simples letras num papel escrito,
Olhares trocados, num instante quase perdido.

Quando a noite chegou, fria e escura,
E qualquer coisa me embrulhou, cheia de ternura,
Olhei para trás, queria ver quem era,
Mas em vez de algo, não vi nada, apenas a noite escura.

O sol clareou, no seu imenso brilho,
Abri a janela, estava tudo tão bonito.
Quando as folhas foram arrastadas pelo vento,
Eu fiquei a olhar para elas, esquecida no pensamento.

Uma voz sussurrava na paisagem,
Mais uma vez não via ninguém, era miragem.
Mas depois de encontrar um cobertor fora de casa,
Percebi que havia algo, não era uma voz, era uma valsa.

Depois de dançar ao som da melodia,
E de me agitar da forma que a sentia,
Percebi que o que me tinha aconchegado,
Era a lua, que tinha chegado...



sábado, 24 de maio de 2008

Só peço mais um pouco...


Só peço mais um pouco,
De ti, da tua vida.
Quero voltar de novo,
A caminhar, a ter saída.
Só peço mais um pouco,
Daquele olhar que me deitavas.
Só peço mais um pouco,
Do prazer que antes me davas.
Só peço mais um pouco,
Do teu toque aconchegante.
Só peço mais um pouco,
Do teu embalar desconcertante.
Só peço mais um pouco,
Dos dias em que nada acontecia.
Só peço mais um pouco,
Do amor que me enternecia.
Só peço mais um pouco,
Daquilo que queria mais.
Só peço mais um pouco,
Só mais um pouco, e não demais.
Porque eu só peço mais um pouco,
Só mais um pouco e não demais...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Balada da Colina





Embrenho-me na escuridão,
Não quero ser mais uma peça no puzzle,
Que compõe a tua vida,
Que faz acordes para uma melodia.

Se eu fosse o teu mundo,
E tu metade do meu ser,
Teríamos o tempo inteiro,
Para nos vermos renascer.

A porta esteve sempre aberta,
Mas tu nunca quiseste entrar.
Preferiste ver-me sofrer,
Para a tua culpa calar.

E a esperança foi desaparecendo,
Dia após dia, até não restar nenhuma.
Baixei os braços, eras só memória,
Reza a lenda, não há registo de história.

Lá no cimo da colina,
Jurei que me ia vingar,
Não só dos que me feriram,
Como daqueles que mentiram,sem pensar.

Minha promessa cumpri,
Não me arrependo das mortes que causei.
Até porque depois de mim,
Não haveria justiça, eu sei.

Sou um retrato de mim mesma,
Obra-prima esculpida.
Sou guerreira de mil fardos,
Em mil mares estou perdida...

domingo, 18 de maio de 2008

Sinto-me





Sinto-me perto do mar,
Da espuma branca, das algas flutuantes.
Da água que me salpica o corpo,
Das conchas que vêm com o lodo.

Sinto-me triste ao ver o dia passar,
A cortina abana-se com o vento,
Os carros passam, as pessoas andam,
O escuro avança, sem medo.

Sinto-me no cimo de uma montanha,
Ao olhar pela janela,
Como as nuvens se afastam,
Sao tão rápidas, tão belas...